É SEMPRE chocante encontrar vida quando pensamos estar sós.
“Venha ver!”,
gritamos, “está vivo”.
É exatamente nesse ponto que muitos recuam – eu
teria feito o mesmo se pudesse – e deixam de buscar o cristianismo.
Acreditar em um “Deus impessoal” – tudo bem.
Em um Deus subjetivo, fonte
de toda a beleza, verdade e bondade, que vive na mente das pessoas – melhor
ainda.
Em alguma energia gerada pela interação entre as pessoas, em algum
poder avassalador que podemos deixar fluir – o ideal.
Mas sentir o próprio
Deus, vivo, puxando do outro lado da corda, aproximando-se em uma
velocidade infinita, o caçador, rei, marido – é outra coisa.
Há um momento
em que as crianças que estão brincando de polícia e ladrão, de repente,
ficam quietas e uma sussurra no ouvido da outra:
“Você ouviu aqueles
passos no corredor?”
Chega uma hora em que as pessoas que ficam brincando
com a religião (“a famosa busca do homem por Deus”), de repente, voltam
atrás:
“Já pensou se nós o encontrássemos mesmo?
Não é essa a nossa
intenção! E, o pior de tudo, já pensou se ele nos achasse?”
[C. S. Lewis]
– de Miracles [Milagres]
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